3 resultados para 3º ciclo

em Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra


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Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal cauda de mortalidade em Portugal e na maioria dos países desenvolvidos. Uma reflexão sobre esta temática entra em acordo com a perspetiva de Ski et al. (2011); Shirato e Swan (2010) e Fogel e Wood (2008), em que estudo das doenças cardiovasculares durante muito tempo, foi mais direcionado para o homem, pelo que a investigação no género feminino se revela recente e ainda com algumas fragilidades. De acordo com WHO (2011), há evidências de que a mesma é subdetectada em mulheres e que há atrasos no diagnóstico e tratamento invasivo em relação aos homens. Neste domínio, é imprescindível um olhar mais atento e com uma perspetiva mais complexa sobre a mulher. A reforçar a pertinência de um estudo sobre a mulher neste domínio, Ferreira (2012), num estudo sobre a evolução temporal dos fatores de risco cardiovascular na população portuguesa, revela a presença de desigualdades de género, evidenciando que a mulher representa uma tendência crescente para a sua prevalência. Por sua vez, WHO (2013) evidencia um dos principais fatores de risco para a doença cardiovascular é a hipertensão, que assume um lugar de destaque, uma vez que já afeta um bilhão de pessoas em todo o mundo, sendo mesmo considerada como um assassino invisível e silencioso que raramente causa sintomas. Objetivos Conhecer e analisar o risco a curto prazo de Hipertensão Arterial das mulheres para 1, 2 e 4 anos; Analisar fatores sociodemográficos e correlacioná-los com o risco de com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Analisar os hábitos alimentares, perfil antropométrico e somatotipo das mulheres e correlacionar com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Comparar o risco de hipertensão arterial na mulher da região centro entre o meio rural e urbano. Analisar o nível de conhecimento sobre a hipertensão arterial e correlacionar com o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Metodologia Estudo quantitativo, exploratório e descritivo-correlacional com objetivo de descrever os fatores preditores para o risco de desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. A amostra é constituída por 406 mulheres dos 20 aos 69 anos, residentes na região centro. Instrumento de recolha de dados: Caracterização sociodemográfica; avaliação antropométrica (inclui 17 medições divididas em cinco categorias: medidas básicas (peso e altura), pregas cutâneas, perímetros, larguras e diâmetros, o registo destas avaliações, permite a aplicação de diferentes equações que determinam, entre outros, a composição corporal e o somatotipo); cálculo do risco de HTA; escala de hábitos alimentares e teste de batalha. O tratamento estatístico foi realizado informaticamente com o programa de SPSS (Statistical Package for the Social Science) versão 2.0. O tamanho da amostra foi efetuada através do cálculo da OpenEpi, que é um programa gratuito e de código aberto para estatísticas epidemiológicas para a Saúde Pública, encontrando-se acessível no site: http://www.openepi.com/v37/Menu/OE_Menu.htm. Foi utilizada a versão 3.01, atualizada em 6/04/2013. De acordo com dados do INE, na região centro residem 767583 mulheres entre os grupos etários 20-69 anos de idade, no ano de 2012 (último ano com dados publicados). Assim, o tamanho da amostra com um intervalo de confiança de 95%, não pode ser inferior a 384 mulheres. Procedimentos Éticos: Comissão ética da ESEnfC; Consentimento informado e esclarecido a todas as participantes e às instituições/locais de recolha de informação. Resultados: A amostra é constituída por 406 mulheres residentes na região centro, que apresentam uma idade mínima de 20 anos e máxima de 69, média de 42,3 anos. Nível de escolaridade, das 406 mulheres da amostra,15,8 % possuem o 1º ciclo, 12,6% o 2º ciclo, 17,2% ciclo, 34,2%, o nível secundário, 1,7% Bacharelato,15,3% Licenciatura, 2,5% Mestrado e 0,7 % Doutoramento. Maioritariamente são casadas (57,9%), seguidamente solteiras (20,4%), divorciadas (10,8%), em união de facto (5,7 %) e, por fim, viúvas (5,2%), sendo que 200 mulheres residem em meio rural e 206 mulheres em meio urbano. Nas classes de Índice de Massa Corporal (IMC), verifica-se que 1,7 % das mulheres têm baixo peso, 42,4 % apresentam peso normal, 35,5 % têm sobrepeso, 13,3 % Obesidade grau I, 5,9% Obesidade grau II e 1,2% Obesidade grau III. Assim 55,9% das mulheres apresentam elevado IMC, o que revela peso superior ao normal, sendo que 50,5% tendem a ser endomorfas, 45,5 % mesomorfas e apenas 3% tendem a ser ectomorfas. 43,6% das mulheres da região centro apresentam Tensão Arterial(TA) ótima, 30,3 % TA dentro de parâmetros normais, 13,79% com a classificação Normal Alta, 9,61% HTA nível I, 2,27% % HTA nível II e 0,5 % HTA nível III. 45,81% não têm Ascendentes diretos com HTA, 39,41% um e 14,78% dois ascendentes diretos com HTA. De uma forma mais pormenorizada, observámos que na realidade mais de metade da amostra, nomeadamente 54,14 % das mulheres apresenta um ou dois ascendentes diretos com HTA. Relativamente ao risco de desenvolver HTA a 1 ano, constata-se que 88,2 % das mulheres apresenta de 0 - 25 % de risco, e contrariamente, apenas 4,9 % apresentam de 75- 100% de risco. Contudo, no que refere ao risco de desenvolver HTA em 4 anos; 66,5 % das mulheres apresentam de 0- 25% de risco e 11,6% apresentam de 75-100% de risco. Analisaram-se as respostas do teste de Batalha - conhecimento sobre a doença, verifica-se que apenas 49,5 % da totalidade da amostra responderam acertadamente às três questões, pelo que podemos inferir que nível de conhecimento sobre a HTA é baixo. 37,4% respondeu acertadamente a duas questões, 10,6% a uma questão, e apenas 2,5% não conseguiu cumprir o teste, apresentando zero respostas certas. Os resultados relativos aos hábitos alimentares das mulheres da região centro, de acordo a aplicação da Escala de hábitos alimentares, podemos verificar que a média foi 97,57, sendo de salientar que o valor da escala mais baixo encontrado foi de 58 e máximo 140. Importa ainda evidenciar que nenhuma mulher atingiu o score máximo. Considera-se que quanto mais elevada for a pontuação média de todos os itens, mais adequados serão os hábitos alimentares. Nesta conformidade, e considerando que a escala tem valores entre o e 180, podemos inferir que as mulheres constituintes da amostra apresentam hábitos alimentares são pouco satisfatórios. Discussão / Conclusões A realização desta investigação permitiu-nos concluir que as mulheres da região centro de Portugal apresentam um significativo risco de desenvolver Hipertensão Arterial a 1, 2 e 4 anos, existindo um conjunto de fatores que influencia positiva ou negativamente este resultado. Deste modo, constatamos que as mulheres com mais idade, viúvas ou casadas, residentes em meio rural, inativas profissionalmente, fumadoras e com conhecimento sobre a HTA, são as que apresentam maior risco de Desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. Contrariamente, as mulheres com peso normal ou baixo peso, de composição corporal com tendência a ser mais ectomorfa e com TA óptima ou normal, revelaram baixo risco de desenvolver HTA a 1, 2 e 4 anos. Apesar de os hábitos alimentares serem pouco satisfatórios, não se verificou evidência estatísticas de que os mesmos influenciam o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos. Verificamos na análise inferencial que, a idade, escolaridade, o emprego, o IMC e a Classificação de Tensão Arterial são os principais fatores preditores para o desenvolvimento de HTA. Nesta acepção, concluímos que este estudo é um excelente contributo para a efetividade de estratégias de prevenção, desde o planeamento até à fase de implementação, na medida em que permite identificar fatores preditivos e definir grupos de risco para o desenvolvimento HTA. Consideramos por isso que os nossos resultados são satisfatórios e coadjuvantes com as metas lançadas pela WHO (2013), para atingir até 2025 nomeadamente: redução de 25% nas taxas de mortalidade global por doenças cardiovasculares e redução de 25% na prevalência de pressão arterial elevada na população. Concluímos assim, à semelhança da opinião de Marques e Serra (2012) que é urgente e necessário identificar subgrupos de risco e aplicar scores de risco para melhor decisão das necessidades de intervenção. Por outro lado, identificar e compreender quais os fatores de risco que influenciam o risco de desenvolver HTA a 1,2 e 4 anos, é com certeza uma mais-valia para as etapas de prevenção e redução da incidência de HTA.

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Introdução A Lei 60/2009 impõe a criação do gabinete de apoio ao aluno, onde os alunos possam ter resposta às questões no âmbito da educação para a saúde e educação sexual. Em 2010 a UCC Farol do Mondego em parceria, promoveu a criação deste espaço. Participa com a presença de um técnico em cada um dos gabinetes. A procura deste espaço era muito reduzida pelo que quisemos perceber quais os motivos desta fraca adesão. Objetivos Perceber o grau de conhecimento sobre o gabinete de apoio dos alunos dos 2º, ciclo e ensino secundário das escolas do concelho da Figueira da Foz. Estabelecer qual o horário mais adequado para os alunos de cada escola. Metodologia Estudo descritivo, quantitativo. A população alvo é composta por 878 alunos do 2º, ciclo e ensino secundário das escolas do concelho da Figueira da Foz. Colheita de dados realizada através de formulário eletrónico de auto preenchimento, com questões sobre o local, horário de funcionamento e finalidade em setembro e outubro de 2015. Resultados Amostra com 795 unidades de observação (51,32% do sexo masculino e 48,68 do feminino). A população frequenta do 5º ao 12º ano com a maioria do 7º ano (30,44%) seguida do 8º ano (29,06%). A média de idade é de 13,37 anos com desvio padrão 1,58. 52,83 % afirma conhecer o Gabinete de apoio ao aluno da sua escola e 34,34% menciona o local correto. 58,11 % desconhece o horário de funcionamento do Gabinete. A maioria (40,38%) considera que o horário de funcionamento mais adequado é "à hora do almoço", seguido de 20,13% "das 14h30 min ás 15h 30 min". Quanto ao profissional que deve estar no gabinete do Aluno, a maioria, refere "o psicólogo", 23,52%, seguido de 11,7% que referem "o enfermeiro, o médico e o psicólogo" e por 11,32% que referem "o enfermeiro e o psicólogo". Quanto à função do gabinete a maioria (49,81%) considera que é "esclarecer dúvidas e falar dos seus problemas" e 28,55% "falar dos seus problemas". Conclusões A maioria (52,83%) dos alunos afirma conhecer o gabinete de apoio ao aluno. No entanto só 34,34% menciona a localização correta. A maioria (58,11%) desconhece o horário de funcionamento. Consideramos que deve ser feito um maior investimento na divulgação do gabinete e nas estratégias utilizadas nessa divulgação. Tendo em conta as respostas dadas o horário do gabinete deverá mudar para "à hora do almoço". Quanto ao profissional que deve estar no gabinete a maioria (23,55%) refere que deve ser o psicólogo pelo que a UCC Farol do Mondego deverá promover que este profissional disponibilize algumas horas para permanência no gabinete.

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Introdução A Lei 60/2009 impõe a criação do gabinete de apoio ao aluno, onde os alunos possam ter resposta às questões no âmbito da educação para a saúde e educação sexual. Em 2010 a UCC Farol do Mondego em parceria, promoveu a criação deste espaço. Participa com a presença de um técnico em cada um dos gabinetes. A procura deste espaço era muito reduzida pelo que quisemos perceber quais os motivos desta fraca adesão. Objetivos Perceber o grau de conhecimento sobre o gabinete de apoio dos alunos dos 2º, ciclo e ensino secundário das escolas do concelho da Figueira da Foz. Estabelecer qual o horário mais adequado para os alunos de cada escola. Metodologia Estudo descritivo, quantitativo. A população alvo é composta por 878 alunos do 2º, ciclo e ensino secundário das escolas do concelho da Figueira da Foz. Colheita de dados realizada através de formulário eletrónico de auto preenchimento, com questões sobre o local, horário de funcionamento e finalidade em setembro e outubro de 2015. Resultados Amostra com 795 unidades de observação (51,32% do sexo masculino e 48,68 do feminino). A população frequenta do 5º ao 12º ano com a maioria do 7º ano (30,44%) seguida do 8º ano (29,06%). A média de idade é de 13,37 anos com desvio padrão 1,58. 52,83 % afirma conhecer o Gabinete de apoio ao aluno da sua escola e 34,34% menciona o local correto. 58,11 % desconhece o horário de funcionamento do Gabinete. A maioria (40,38%) considera que o horário de funcionamento mais adequado é "à hora do almoço", seguido de 20,13% "das 14h30 min ás 15h 30 min". Quanto ao profissional que deve estar no gabinete do Aluno, a maioria, refere "o psicólogo", 23,52%, seguido de 11,7% que referem "o enfermeiro, o médico e o psicólogo" e por 11,32% que referem "o enfermeiro e o psicólogo". Quanto à função do gabinete a maioria (49,81%) considera que é "esclarecer dúvidas e falar dos seus problemas" e 28,55% "falar dos seus problemas". Conclusões A maioria (52,83%) dos alunos afirma conhecer o gabinete de apoio ao aluno. No entanto só 34,34% menciona a localização correta. A maioria (58,11%) desconhece o horário de funcionamento. Consideramos que deve ser feito um maior investimento na divulgação do gabinete e nas estratégias utilizadas nessa divulgação. Tendo em conta as respostas dadas o horário do gabinete deverá mudar para "à hora do almoço". Quanto ao profissional que deve estar no gabinete a maioria (23,55%) refere que deve ser o psicólogo pelo que a UCC Farol do Mondego deverá promover que este profissional disponibilize algumas horas para permanência no gabinete.